Sou Profª de biologia da rede e desenvolvo um trabalho com alunos do Ensino Médio na EE Presidente Tancredo Neves, criamos o BLOG DA BIOLOGIA DO TANCREDO, um ambiente virtual de estudo e consolidação da aprendizagem dos conteúdos desenvolvidos através do currículo, onde os alunos podem ter livre acesso a assuntos pertinentes a Biologia e atualidades. Peço por gentileza que divulguem aos profissionais da área e outros interessados. O endereço é http://biologiatancredo.blogspot.com
Em agosto de 2007, a Associated Press publicou um artigo afirmando que, em no máximo 10 anos, os cientistas terão criado vida artificial, e provavelmente, no mínimo, em três. Isso seria possível? Os cientistas fizeram grandes avanços no seqüenciamento de genomas humanos e de animais, sintetizando o DNA e clonando-o. Criar organismos biológicos funcionais e artificiais parece representar um tremendo salto acima de qualquer uma dessas habilidades. Alguns dos pesquisadores e das empresas envolvidos na pesquisa sobre vida artificial acreditam, porém, que isso é realmente possível em um período de 10 anos. Não apenas isso: eles dizem que o desenvolvimento de realidade úmida, como muitas vezes é chamada, irá afetar radicalmente nossas opiniões em relação à vida biológica e ao nosso lugar no universo. As afirmações sobre a criação iminente de vida artificial podem ser audaciosas demais. Entre os céticos, o chefe do Projeto Genoma Humano, Francis Collins, diz que o período de 10 anos é muito ambicioso. Mesmo assim, a possibilidade de criar vida artificial é muito atraente e vamos saber mais sobre o assunto neste artigo.
A realidade úmida não é a criação de um organismo geneticamente construído ou modificado. É a vida criada inteiramente a partir de partes básicas. Como vimos no artigo sobre vida estranha, porém, os cientistas não têm uma definição rigorosa e padronizada do que é a vida. Mesmo assim, os biólogos têm algumas idéias básicas sobre o que caracterizaria a vida artificial Primeiro, a vida artificial precisa ter um DNA ou código genético. Ela também deve ser capaz de se reproduzir e transmitir seu código genético. Então, a forma de vida precisa de um lugar para depositar seu código genético, um invólucro ou membrana protetora, parecida com uma parede celular, que mantém o DNA e as outras partes juntas. A parede celular também deve permitir que processos biológicos normais sejam realizados. Em outras palavras, ela deve ser permeável o suficiente para permitir a absorção de nutrientes e relativamente impermeável contra patógenos. Assim que as partes básicas estiverem reunidas, o organismo deve ser auto-sustentável: deve se alimentar e metabolizar o alimento. Por fim, a forma de vida precisa ter a habilidade de se restaurar para se adaptar e evoluir.O desenvolvimento de algumas dessas características representa uma série de desafios para os pesquisadores. Um cientista de Harvard, porém, previu nesse mesmo artigo da AP que, até o início de 2007, grandes avanços seriam feitos na criação de membranas celulares [fonte: Associated Press]. Manter um organismo artificial vivo por mais de alguns minutos ou horas também é um desafio, embora os cientistas possam se concentrar no fortalecimento dos organismos depois que alguns dos obstáculos iniciais forem superados.
Para criar o DNA, alguns cientistas defendem a colocação de nucleotídeos (os componentes do DNA) dentro de um invólucro celular. Os nucleotídeos poderiam ser combinados de maneira a formar o DNA. No entanto, conseguir fazer isso é um desafio, já que pode ser necessário que enzimas agrupem os nucleotídeos, o que quebra a regra de "partes básicas" para a criação de vida artificial.
Na próxima seção, vamos saber o que separa os cientistas da criação da vida artificial. Também vamos avaliar esta pergunta: as formas de vida artificial ficarão fora de controle?
Sou Profª de biologia da rede e desenvolvo um trabalho com alunos do Ensino Médio na EE Presidente Tancredo Neves, criamos o BLOG DA BIOLOGIA DO TANCREDO, um ambiente virtual de estudo e consolidação da aprendizagem dos conteúdos desenvolvidos através do currículo, onde os alunos podem ter livre acesso a assuntos pertinentes a Biologia e atualidades. Peço por gentileza que divulguem aos profissionais da área e outros interessados. O endereço é http://biologiatancredo.blogspot.com
ResponderExcluirEm agosto de 2007, a Associated Press publicou um artigo afirmando que, em no máximo 10 anos, os cientistas terão criado vida artificial, e provavelmente, no mínimo, em três. Isso seria possível? Os cientistas fizeram grandes avanços no seqüenciamento de genomas humanos e de animais, sintetizando o DNA e clonando-o. Criar organismos biológicos funcionais e artificiais parece representar um tremendo salto acima de qualquer uma dessas habilidades. Alguns dos pesquisadores e das empresas envolvidos na pesquisa sobre vida artificial acreditam, porém, que isso é realmente possível em um período de 10 anos. Não apenas isso: eles dizem que o desenvolvimento de realidade úmida, como muitas vezes é chamada, irá afetar radicalmente nossas opiniões em relação à vida biológica e ao nosso lugar no universo. As afirmações sobre a criação iminente de vida artificial podem ser audaciosas demais. Entre os céticos, o chefe do Projeto Genoma Humano, Francis Collins, diz que o período de 10 anos é muito ambicioso. Mesmo assim, a possibilidade de criar vida artificial é muito atraente e vamos saber mais sobre o assunto neste artigo.
ResponderExcluirA realidade úmida não é a criação de um organismo geneticamente construído ou modificado. É a vida criada inteiramente a partir de partes básicas. Como vimos no artigo sobre vida estranha, porém, os cientistas não têm uma definição rigorosa e padronizada do que é a vida. Mesmo assim, os biólogos têm algumas idéias básicas sobre o que caracterizaria a vida artificial Primeiro, a vida artificial precisa ter um DNA ou código genético. Ela também deve ser capaz de se reproduzir e transmitir seu código genético. Então, a forma de vida precisa de um lugar para depositar seu código genético, um invólucro ou membrana protetora, parecida com uma parede celular, que mantém o DNA e as outras partes juntas. A parede celular também deve permitir que processos biológicos normais sejam realizados. Em outras palavras, ela deve ser permeável o suficiente para permitir a absorção de nutrientes e relativamente impermeável contra patógenos. Assim que as partes básicas estiverem reunidas, o organismo deve ser auto-sustentável: deve se alimentar e metabolizar o alimento. Por fim, a forma de vida precisa ter a habilidade de se restaurar para se adaptar e evoluir.O desenvolvimento de algumas dessas características representa uma série de desafios para os pesquisadores. Um cientista de Harvard, porém, previu nesse mesmo artigo da AP que, até o início de 2007, grandes avanços seriam feitos na criação de membranas celulares [fonte: Associated Press]. Manter um organismo artificial vivo por mais de alguns minutos ou horas também é um desafio, embora os cientistas possam se concentrar no fortalecimento dos organismos depois que alguns dos obstáculos iniciais forem superados.
Para criar o DNA, alguns cientistas defendem a colocação de nucleotídeos (os componentes do DNA) dentro de um invólucro celular. Os nucleotídeos poderiam ser combinados de maneira a formar o DNA. No entanto, conseguir fazer isso é um desafio, já que pode ser necessário que enzimas agrupem os nucleotídeos, o que quebra a regra de "partes básicas" para a criação de vida artificial.
Na próxima seção, vamos saber o que separa os cientistas da criação da vida artificial. Também vamos avaliar esta pergunta: as formas de vida artificial ficarão fora de controle?
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